Encontro entre pesquisadores e voluntárias de projeto de pesquisa da Pós-graduação em Ciências da Sa
Na última segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018, ocorreu no anfiteatro do bloco 8B, campus Umuarama, um encontro entre pesquisadores e voluntárias do projeto de pesquisa intitulado “Relação entre os Perfis Nutricional, Dietético e Bioquímico e a Presença de Complicações Advindas do Uso de Inibidores de Aromatase em Mulheres com Câncer de Mama: Um Estudo Prospectivo”. Este projeto de pesquisa está sendo desenvolvido pela doutoranda de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PGCSA), da Faculdade de Medicina da UFU, Isis Danyelle Dias Custódio, sob orientação da Profa. Dra. Yara Cristina de Paiva Maia, que coordena o Grupo de Pesquisas em Biologia Molecular e Nutrição (BioNut). Além destas pesquisadoras, estão envolvidas as nutricionistas egressas da UFU, Kamila Pires de Carvalho e Débora Santana Alves; a doutoranda Mariana Tavares Miranda Lima e a mestranda Fernanda da Silva Mazzutti, também do PGCSA; a graduanda em Nutrição da UFU, Juliana Freitas Chiareto; a oncologista clínica do Hospital de Clínicas da UFU e docente da Faculdade de Medicina da UFU, Profa. Dr a. Paula Philbert Lajolo Canto; e o Prof. Dr. Carlos Eduardo Paiva, docente e oncologista clínico do Hospital de Câncer de Barretos/ Fundação Pio XII.
Trata-se de um estudo prospectivo, que tem sido desenvolvido desde 2016 com pacientes do sexo feminino, pós menopausadas, com diagnóstico de câncer de mama e indicação de terapia hormonal com Inibidores de Aromatase (IA), atendidas no Setor de Oncologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.
A hormonioterapia, em linhas gerais, permite bloquear os efeitos ou reduzir os níveis de hormônios naturais no organismo (estrógeno) que possam favorecer o crescimento tumoral. Especificamente em relação à utilização de IA, existem relatos quanto a sintomas como dor não específica nas articulações, fadiga crônica e depressão. Acredita-se que tais complicações, além da própria doença em si, possam impactar o consumo alimentar, estado nutricional e inflamação das pacientes, mas estes dados ainda não são conhecidos e, ou disponíveis na literatura.
Este encontro, que também foi realizado ano passado, no dia 07 de abril de 2017, permite que as voluntárias tomem conhecimento sobre o medicamento e seus possíveis efeitos colaterais, bem como sobre os resultados preliminares da pesquisa. Além disso, iniciativas como estas contribuem para sanar dúvidas, trocar experiências e reduzir o distanciamento que possa existir entre as comunidades local e a científica.
Os pesquisadores esperam que os resultados deste estudo possibilitem rever condutas e orientações destinadas às mulheres na fase pós diagnóstico, no intuito de melhorar a sobrevida e o prognóstico da doença, bem como a qualidade de vida das mesmas.