Estudantes de Engenharia Aeronáutica da UFU são premiados em competição internacional de projeto aer
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A Equipe Dolphin formada por estudantes do curso de Engenharia Aeronáutica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) conquistou o 2º lugar no Design Competition de 2017-2018, uma competição internacional de projeto aeronáutico organizada anualmente pelo The American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA) nos EUA. Integravam a equipe os alunos: Alexandre Acerra Gil, Eduardo Pavoni Gamba, Gabriel Araújo Hernández, Guilherme Miquelim Caires, Higor Luis Silva, João Paulo Vieira, Kimberlly Costa Carvalho, Luiz Gustavo Santiago, Pedro Brito, Roberto Martins de Castro Neto, além do professor orientador, Prof. Dr. Thiago A.M. Guimarães. Essa competição oferece uma grande oportunidade para os alunos participarem de uma simulação de um problema do mundo real, permitindo que eles ganhem experiência e recebam feedback útil e construtivo de especialistas técnicos que participam dos Comitês Técnicos do AIAA, sendo a maioria provenientes de instituições renomadas como a NASA, Boeing, Airbus e outras organizações aeronáuticas.
Além disso, a competição permite que os alunos realizem trabalhos teóricos e obtenham uma percepção real do processo de projeto. Independentemente de estarem projetando uma aeronave, um motor ou um veículo espacial, eles passam por todas as etapas principais do projeto envolvidas na determinação de uma solução para o problema proposto, descrito por meio de um Request for Proposal (RFP). Isso inclui determinar uma solução hipotética, testando a hipótese, avaliando sua eficácia, possivelmente fazendo alguma análise de custo e, finalmente, preparando um relatório que é submetido em resposta ao RFP.
Para o ano de 2017-2018, o RFP pediu que os estudantes projetassem duas novas aeronave híbridas (uma de 4 e outra de 6 assentos) na categoria das Hybrid-Electric General Aviation Aircraft (HEGAA), a qual está em bastante discussão no meio científico e industrial, uma vez que aeronaves parcial e totalmente elétricas implicam diretamente na redução de emissão de poluentes, bem como diminuir gastos operacionais das empresas aéreas, viabilizando voos que antes eram economicamente inviáveis. Além disso, foram definidos como requisitos de projeto para a aeronave de 4 assentos o ano de entrada de serviço de 2028 e que ela tivesse um alcance de 1850 km; já para a de 6 assentos, o ano de 2030 e um alcance de 1400 km. Ambas as aeronaves deveriam contemplar uma comunalidade de 75% entre as duas.
Como estratégia, a equipe decidiu utilizar um banco de baterias juntamente com um motor a combustão interna para fornecer potência a um motor elétrico, que é diretamente acoplado à hélice no nariz da aeronave, durantes as fases mais críticas de voo em termos de gasto energético: decolagem, subida e cruzeiro. O resultado produziu reduções consideráveis no consumo de combustível, além de a aeronave ser capaz de competir diretamente em termos de desempenho com seus concorrentes de mesma categoria.
É a primeira vez que uma equipe brasileira consegue a premiação na competição, destacando a Universidade Federal de Uberlândia como pioneira no Brasil em pesquisa e projeto de aeronaves parcial ou totalmente elétricas.